João Silvestre da Fonseca[1]
N. Coimbra? c. 1805, filho de Bento José Ferreira e de sua mulher D. Maria Peregrina da Fonseca
B. Coimbra (S. Cristóvão)
F. Beja c. 1870
Casou 1ª vez com D. Ana Amália da Silveira, natural de Beja. S.g.
Casou 2ª vez em Cabezas Rubias, Huelva, Espanha a 5 ou 6/3/1832 com D. Juana Andalia Gomez Harriero (1813-1848), filha de Jose Gomez (1796-?) e de sua 2ª mulher e prima D. Catalina Harriero Macias (1798-?), de quem teve:
- António Joaquim Gomes da Fonseca (1833-1904)
- João Gomes da Fonseca (1836-?)
- Francisco Pedro da Fonseca (1838-?)
- José Gomes da Fonseca (1841-?)
- Augusto César da Fonseca (1843-?)
- Mariano (1845-1846)
- Manuel (1847?-?)
- Henriqueta Gomes da Fonseca (1848-?)[2]
Esteve exilado em Espanha, como emigrado liberal, desde 1832 até à Convenção de Évora Monte de 1834. Foi tenente do Batalhão dos Voluntários Nacionais de Beja e da 1ª companhia do Batalhão Nacional Provisório de Beja, criado em 14/10/1840[3]. Abandonou o exército para se tornar escrivão de direito e tabelião-notário, em Beja.
Foi cavaleiro da ordem militar de Nosso Senhor Jesus Cristo e da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, e condecorado com a medalha de D. Pedro e D. Maria das Campanhas da Liberdade.
[1] Conheço apenas uma fotografia de João Silvestre da Fonseca, que pertenceu à Colecção Dr. Francisco de Assis de Menezes Belard da Fonseca (1905-1978) e hoje (2011) está na posse do Dr. António Garrido Belard da Fonseca (n. 1936). Não consegui uma cópia, mas tanto quanto me recordo de ter visto nessa fotografia João Silvestre da Fonseca era um indivíduo forte e maciço, com o rosto redondo e grandes suíças.
[2] Estas indicações acima transcritas e respeitantes às datas de nascimento dos filhos encontram-se num apontamento manuscrito de João Silvestre da Fonseca, do qual consta também "Morreo a minha querida adorada e nunca esquecida Espoza em 24 de Agosto de 1848".
[3] Este Batalhão passou a denominar-se Batalhão Nacional de Caçadores de Beja por portaria de 27/12/1846. Terminada a revolução da Maria da Fonte, pela Convenção de Gramido (1847), recolheu o batalhão, já desligado de duas companhias (Moura e Monforte), à cidade de Beja, onde foi licenciado em Agosto do mesmo ano. O Batalhão foi novamente convocado em Maio de 1848 (para, juntamente com o Regimento de Infantaria 11, se dirigir para Serpa afim de ali desarmarem uma importante força espanhola revoltada), em Outubro do mesmo ano e em 1851 para ser encarregado da guarnição militar de Beja, pela saída do Regimento de Infantaria 11, ficando alojado no quartel desta unidade militar. Por decreto de 30/8/1851 foi o Batalhão Nacional de Caçadores de Beja dissolvido, a fim de ser reorganizado, não se tendo, no entanto, chegado a efectuar esta nova organização.